Hoje, garrafas de vinho e queijos me esperando. Um trabalho adorável e a perspectiva de um Ano fazendo todo jus ao Novo.
A Fortuna é variável como a Lua.
O ser Humano? Sei lá se eu sei algo sobre o ser humano...
Ah, querida. A solidão é eterna, e a saudade, grande enunciação de que nada acaba. Ai nosso réquiem, querida. Imprescindível, doloroso, eterno. Tornei-me homem. Desvirginei-me. Sonhei, dancei. Dançamos, querida! E desde o principio você fora a minha bailarina! Perfeita, sem pudores, sem doenças. Alva por de cima do palco. O céu se abre por cima de você, sua pele protegida, seu desespero de morrer.
Aprendi a vida e a música ao seu lado. Sua trilha em minha vida, querida. Em Allegro, Vivace e Presto. Nunca fomos em andamentos non tropo, querida. Fomos muito! Quantas vidas, quantas promessas, quantos comprimentos. Ai, fala!
D’antes era simplesmente o adolescente aprendendo a ser amado. Para então amar profundamente, errar, fazer planos, descumprir preceitos. Devo-lhe profundamente, como concertos de cravo. Você foi meu anjo barroco, querida. Amor em ascensão e queda. Eterno pecador de éticas ingênuas e rigorosas. Impossíveis. Fomos impossíveis, querida. Vencedores, sem dúvida. Amor eterno e sonhador de igrejas suntuosas. Bach, querida. Lembro que em infância disse à minha mãe que adorava “Bak”. Ela não compreendeu, é claro. Somente muito depois soube que o amor é como Bach, se pronuncia na surdina, e parte de tudo ficando no subterrâneo, no impronunciável, no relacionamento, querida. E em gritos de amor, lindos e dolorosos. Todo relacionamento é uma ética linda e miserável de fingir ser um.
Não fomos pouco. Sorrimos e choramos desde o começo. Tanto por tristeza quanto por alegria. Aprendi a chorar e sorrir com você. Meus choros eram sempre alegres, insossos, vulgares.
Perdi minha vulgaridade com você, querida. Antes era tão pouco a primeira parte de tudo. Depois descobri o barroco: a alegria e o pecado; a felicidade e o sofrimento; o claro e o escuro. Ai, a culpa! Que bela a culpa e o amor, a bebedeira e a ressaca. “Você é que disse: vai, levanta e faz andar o Amor. Caminha!” Corri. Corri tanto que toda maratona de amor pareceria os
Não lhe devo nada mais do que ter-me tornado humano.
Foi seu dia mais difícil
Não foi tão tranqüilo assim. Percebeu que a amava como sempre, que todo amor nunca acaba. Foi disposto a conversar, sem , contudo, fazer qualquer promessa de paixão. Foi. Somente isso. Ou quase isso.
Chegou cedo e quase esperou hora e meia. Ela chegou como sempre. Sempre tirando seu fôlego. Era esse o problema dele. Sempre sucumbia à beleza dela. Ela era sublime. Não foi a toda que suspirou quando havia descido da escada, em tempo distante dois anos e meio. Era fantástica. Simples assim.
A presença dela foi
Ela partiu sem levantar o lenço de Adeus.
Ele ficou como se não tivesse mais nada a fazer. Ficou fumando e bebendo.... E chorando. Sempre acreditando que alguém poderia chegar para querer consolá-lo. Mas essas coisas não acontecem. Olhava o tempo, as pessoas passando e o dia. e pensava que, caso um fotógrafo estivesse alí, tiraria a mais bela foto de pessoa triste em um café. Nome?! "Jovem em Café" seria um bom título.
Gastou alguns lenços de papel. Pensou o tanto que acabou com a melhor mulher de sua vida da pior maneira possível.
Sentiu desprezo de si mesmo, porque todo aquele que deseja muita virtuosidade sofre. A virtuosidade buscada é somente um modo de nos fazermos mais tristes. O virtuosismo é sempre um modo de hipocrisia. Felizes são os canalhas convictos.
Copiando a Tucha! Sim, muito 1° grau.... hahaha
(Martha Thucha Verônica, que negócio é esse de eu ser o mais estranho???)
- Eu tenho: Um zippo, muitos amigos e uma vida toda pela frente...
- Eu desejo: Trabalhar com algo que me traga prazer e me permita conher mundos e pessoas
- Eu odeio: Amargura e preconceito
- Eu escuto: O vento, jazz, bossa e qualquer coisa que eu ainda não conhece, e se pareça música.
- Eu tenho medo de: Do esquecimento. O dos outros e o meu. E de me tornar petulante.
- Eu nao estou: Metade daquilo que ainda farei.
- Eu choro: sempre com alguma alegria e tristeza.
- Eu perco: A capacidade de controlar o tempo.
- Eu preciso: de conhecer um pouco mais do mundo e mais duas ou três linguas.
- Eu devo: algum dinheiro e muita experiência aos outros.
- Me dói: Me dói???
SIM OU NAO?
- Tem um diario? De certo modo, este...
- Gosta de cozinhar? Um dia...
- Gosta de tempestades? Sim
- Ha algum segredo que vc nao tenha contado a ninguem? Muitos. Mas assim que os aperceber como tal, contarei...
- Poe seu relogio uns minutos adiantados? Não controlo o horário de meus relógios. Nenhum relógio de minha casa tem as mesmas horas.
- Acredita no amor? Não tem nada que eu acredite mais...
- Toma banho todos os dias? Sim.
- Quer casar? Sim. Várias vezes.
QUEM É?
- A pessoa mais estranha: Thais...
- A pessoa mais chata? Não sei...
- A pessoa que te conhece melhor? Minhas namoradas.
- O professor mais chato? Tenho medo de perseguições políticas.
QUAL É?
- A frase que mais usa no msn? Não uso frases no msn
- Sua banda favorita? Benny Goodman, no momento.
- Seu maior desejo: Um elefante, provavelmente...
OUTRAS PERGUNTAS
- Signo: Câncer
- Cor do cabelo natural: Castanho
- Cor do cabelo que tem: a natural
- Cor dos olhos: castanhos
- Numero favorito: 3
- Dia favorito: quarta-feira
- Mes favorito: Agosto
- Estaçao do ano favorita: Inverno
- Café ou chá? e cigarros!
- Montanha ou praia? Depende
- Sol ou neve? sol
NAS ULTIMAS 24HS VC:
- Chorou? não
- Ajudou alguem? Provavelmente. Sem saber, quase todos os dias podemos ajudar.
- Comprou algo? sim
- Ficou doente? não
- Foi ao cinema? não
- Saiu para jantar? não
- Disse “te amo”? não
- Escreveu uma carta? não
- Perdeu um namorado (a)? não
- Falou com alguem? Como quase sempre
- Escreveu em um jornal? Sim
- Teve uma conversa seria? algumas
- Perdeu alguem? não
- Abraçou alguem? sim
- Beijou alguem? sim
- Brigou com algum parente? não
- Brigou com algum amigo? não
- Sonhou acordado? Há três minutos...
(Antonio Nóbrega e Wilson Freire)
Menina, vou te ensinar
Como é que se namora:
Põe a alma num sorriso
E o sorriso põe pra fora
Olhe nos olhos
Olhe dentro da pupila,
Veja bem se ela brilha
Ou se vai se apagar
Pois o olhar
É ele que denuncia
Se está quente ou se está fria
A paixão, o bem amar
Pegue na mão,
Sinta dela o seu calor,
Veja dela o seu rubor,
Sua força, seu pulsar,
Porque a mão é ela que anuncia
Se o namoro nasce e cria
Ou se nasce e vai murchar
Quanto ao beijo
Tem que ser bem de mansinho,
Permitido com carinho
Pra poder não machucar
Porque o beijo
É ele quem amacia
Quem dá paz e é o guia
Para o novo amor chegar
E num abraço
Apertado, mas com jeito,
Sinta como bate o peito,
Se é forte ou quer falhar
Pois coração
É fonte de alegria
É ele quem prenuncia
Se o amor há de jorrar
Só porque a música me lembrou o filme mesmo...
Pra não ficar por aqui: alguém ensina alguém a amar? Ou a questão não é ensinar, mas encontrar, simples assim, o Amor. No livro O Pequeno Tratado das Grandes virtudes, ao tratar do Amor, André Comte Sponville fala que primeiro nós nos sentimos amados. Depois, só depois, somos capazes de amar...
Essa idéia, e esse livro, mudou minha idéia de amor. E depois da idéia, que toda idéia é frágil, só depois, muito depois, pude ver da possivel verdade da afirmação.
Senti-me amado. Depois, intensamente, amei. Mas o amor, essa coisa frágil, não se aprende em manuais...
Fiquei por pensar em borboletas hoje.
Fui ao teatro e a última frase foi como que salvadora de toda a peça. Não tenho, de qualquer maneira, por demais capacidade de lembrá-la. O google, nosso oráculo, não me ajudou. Mas foi uma frase com algo sobre estórias miúdas e o modo como acabam sendo chamadas de experiência. Nossa vida e nossas estórias miúdas, ordinárias, experimentais...
Acabei por ficar ligeiramente triste. Aquela tristeza pouca. Aquele banzo, quem sabe, e algum sentimento de 19 ou 20 anos.... Do tempo em que eu não me bastava, e todas as mulheres do mundo pareciam me jogar a favor de qualquer destino de solteirice.
Parece-me, na verdade, que todo longo relacionamento leva-nos ao potencial da auto-estima e ao estado de sermos rigorosos. Se antes valia (quase) qualquer uma, com o tempo, valem-nos poucas. Não que as pessoas percam seus encantos, mas estes passam a ter como o embate a história. E isso não é pouco.
Mas apesar da minha rigorosidade e a auto-estima possibilitada pela - bela - experiência, hoje foi como se cada uma das minhas belas cachopas não tivessem passado da mais absoluta sorte. E a deusa da sorte, a Fortuna, é caprichosa. Sou um homem absolutamente desinteressante e introspectivo. Coisa pouca demais para ela se preocupar comigo.
Voltando às borboletas. Transformam-se, algumas,
Normalmente demoro 40 minutos do centro à casa; até 1 hora e meia, no caso de engarrafamentos. 20 minutos com o transito livre.
Hoje, no entanto, 2 horas e 40, em horário de trânsito tranqüilo...obvio que alguma coisa acontecia, naquela feição de andar a poucos e poucos metros. Foi realmente difícil uma viagem que não chegava ao fim...
A via expressa, que depois de determinado ponto não tem mais saída, mostrou o acontecido lentamente. E o motoqueiro jazia dentro de um saco preto. Naquele momento, foi como se o mundo fizesse silêncio. E quase todos do ônibus olharam...
Letra e música: Chico Buarque
Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acbou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público
Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contramão atrapalhando o sábado
Tá certo, conforme o arquiteto disse, "da arquitetura só ficam os Monumentos". A pirâmide de Gisé e o Versalhes continuam lá, muito embora não sejam as próprias utilizações simbólicas de seus momentos. Parece-me que o compromisso arquitetônico do poeta das curvas é com a beleza.
E não restritamente arquitetônico, e segundo ele, importando mais que a própria arquitetura, "o que importa é o compromisso social".
De qualquer maneira, e a esse respeito só digo isso, fica o destaque para o novo Centro Administrativo do Estado. E com o primeiro texto da exposição sendo do Aecinho, ligando Niemayer historicamente ao Tigrão do Tancredo, é claro. É tudo muito claro.
Mas que as linhas são bonitas, isso elas são. "Como a mulher preferida (sic)".
Ridículo chorar
Patético viver
Paradoxal prazer
Apologia do sofrer (chorar é coisa do amor)
Ridiculo chorar
Amor coisa do coração
Patético viver
O coração é do sonhar
Chorar este chorinho chorar
Sonhar este chorinho chorar
Chorar é coisa do amor
Amor coisa do coração
patético viver
O coração é do sonhar
Sonhar este chorinho chorar
Apologia do sofrer
Leal, pagode, fiel, tão doce, ilusão, enganador
Não sabe quem não quer
Sincero (só) se fosse teria mais pudor
E nos sentir mulher
Mas rasga o coração (é só paixão) que gosta de sofrer
Lascivo e exalta a dor como o prazer
Porém nos laços dos martírios teus
Ou nos lírios e delírios meus
Somos a multidão
Um simples coração
Só, só
Gritando no porão
Chorar é coisa do amor
Rir rir ridículo chorar
Amor coisa do coração
Patético viver
O coração é do sonhar
Paradoxal prazer
Sonhar este chorinho chorar
Apologia do sofrer
Chorar é coisa do amor
Meu bem chora por mim
Amor coisa do coração
Meu bem chora por ti
O coração é do sonhar
Soluço pra te ver cantar
Sonhar este chorinho chorar
Cantando venho soluçar
Mais meninas vocês souberam?
Foi o pagode, foi o pagode, foi o pagode aquele
alvitero sem-vergonha, lascivo, que foi perverter
desvifiar, desatinar a coroa da inglaterra, que largou
a coroa, largou tudo, por causa desse pagode, esse
facilitador de namoro. E não respeita a uma grande
potência como a inglaterra. Que sujeito subvertedor.
da ordem, do respeito e da lei. Até na inglaterra.
Até na inglaterra
Ele destronou (aquele) um rei
Da sedução
Que por sua paixão
Abandonou o trono
A corte
E a lei
Deixou de mão
Até santo agostino
( por amor viveu)
Foi sua presa
Pecado só
E deus para espera-lo (sentiu em si)
Assistiu muita proeza
Carne e pó
No pagode
É carne
Senhor tem dó
E depois não tem lugar
De ter lugar
De ter em si
Pecado e pó
E ma ma ma ma ma ma maltratar
Pediu um wisk. Virou-o rapidamente e olhou-a novamente, naquele café logo ao lado. Seguiu em passos firmes, que se fosse comedido sairia correndo. O medo do encontro. Como ela estava de costas, acabou não vendo-o.
- Martha Verônica.
Virou-se rapidamente, como se o tom de voz não tivesse mudado nada, como que adivinhando o som do cheiro antigo. Sorriu um sorriso largo, bonito, ligeiramente amarelo.
- ... Pedro Nunes...
Levantou, ficou sem onde por as mãos.
Ele abraçou-a, beijo no rosto, como que tentando quebrar um gelo possível.
- Quantos anos, moça...!
- Sim, desde anos... Você estava vindo pra cá...
- E cá estou desde então.
- E bem que você disse que não sabia quanto tempo ficaria, se dois meses ou dois anos.
- E já estou a 10 anos.
- Tive notícias suas, de jornais, artigos... Parece que você conseguiu o que queria aqui... Disse, aumentando o sorriso, amarelíssimo...
- Não.
- Como não?
- Saí de meu país para fugir de você. E você esteve sempre presente.
Abraçaram-se. Um abraço apertado. Os dois com um choro, choro pequeno. E, como que por desespero mútuo, beijaram-se...
Já eram anos, estava em meados dos 30 vividos, quase uma década fora e menos calvo do que todos esperavam. Tinha ganhado um pouquinho de dinheiro, um certo reconhecimento e vários lugares onde pagavam para dizer obviedades. Conversava com muitos dos antigos através das maravilhas da tecnologia.
Escreveu dois livros, dezenas de artigos e escutava todas as músicas tradicionais de onde veio. Aprendeu duas línguas além da sua e lia bem em outras duas. Produziu programas de tv, rádio e escrevia como comentarista regularmente em dois jornais brasileiros, um inglês e três de algum outro país latino. Era conhecido como um professor acessível, não lá tão sério e rigoroso, mas odiado por várias críticas feitas a todos, que sua arte sempre foi criticar; e respeitado por muitos daqueles que sempre se calam.
E então que, andando por uma daquelas ruas cheias de turistas, viu o espectro do passado num daqueles cafés de cidade badalada. Pegou o celular, desmarcou o compromisso, sentou, observou. Somente observou, que toda coragem é pouca para enfrentar metade de seus anos de distância.
E nenhum daqueles pensadores conhecidos o ajudaria na insegurança, que já há anos, percebeu que não mudaria. De certa maneira não se aprende a viver, que ele nem pensou que, naquela mesa, a pessoa também pensava os anos, assim como anos pensando em como poderia ter sido diferente.