terça-feira, setembro 25, 2007

E colecionarei fotos tal como condecorações.

Ai, meu amor.... não se vá. Todo amor é mais que a foto. Sua foto não bastará, e te olho como uma futura estranha. Tento, ademais, marcar sua pele, o cheiro, o jeito de despir, e ficar assim... ao léu, esperando o vento ou o aquecimento. Meu aquecimento é global, querida. Ponho em culpas tudo o que poderia ter feito e sei de todas as suas pintas. Não te olharei novamente sem imaginá-la nua. Sei que seu corpo é imperfeito, sei dos ossos ligeiramente tortos, o jeito de sorrir e de falar de graça em tudo. Sei das (suas ) mais perfeitas (in)satisfações, do modo de negligenciar, do modo de pensar, da maneira de desejar.
Te encontrarei e saberei, sinto, cada momento de impaciência. Sentirei a distância e a mais absoluta (sua ) vontade de ficar só.
Vai, querida. Fica só com outro. Faz planos. Sonhe. Mate-me com o sentimento de que não serei nem uma fotografia na parede. Vai, querida! Sua (futura) mesquinha e justa vontade será divertir-se enquanto estarei no fundo de uma gaveta.
Mas saiba, você continuará na (minha) parede. E esta cidade ficará cada vez mais pequena, que cada lugar e esquina me lembrará vocês.

2 comentários:

marthacomth disse...

Nossa!!!!

Ah, postei uma resposta pra sua resposta ao meu post, olha lá....

Besos

*Mr. Tambourine* disse...

Ramiro, já pensou em largar as ciências sociais?
huahuahuahuhuahuahuahuahuhauhuahua
Muito doido o texto!!
abração!