sexta-feira, novembro 14, 2008

Minhas cenas Antológicas - 4

Democracia. Pois bem, à parte de tudo que diz respeito sobre a democracia: pluralidade, diminuição de impactos decorrentes de interesses diversificados, participação, legitimidade das leis e tomadas de decisões, defesa de interesses individuais; todas essas coisas que fazem [ou deveria fazer, o que penso na verdade é que acaba fazendo mais ou menos, mas sempre fazendo] uma democracia...


Uma coisa na verdade não necessariamente a faz: emoção, fé e sentimento de esperança para com quem é eleito. De modo nú e cru, isso não faz, nem é pré-requisito para o funcionamento do sistema. Mas pessoalmente, penso que Democracia (com "D") só faz sentido no que se associa à seguinte imagem:

Clique aqui para ver todas as imagens....

(em tempo: Voto no Lula, dentre outras coisas, porque sua corrente me dá um pouco mais de esperança, mesmo com toda a merda que de vez em quando acontece.)

terça-feira, novembro 11, 2008

Minhas Cenas Antológicas - 3


- (A mulher) O povo é Jerônimo. Deixa o povo falar! Fala jerônimo, Fala!


- (Jerônimo) Eu sou um homem pobre, operário. sou presidente do sindicato. Estou na luta das classes. Acho que está tudo errado, e eu não sei mesmo o que fazer. O País está numa
grande crise. E o melhor é aguardar a hora
do presidente... (foto).






- (O intelectual que defende a ATUAÇÃO da população) Estão vendo o que é o povo? Um imbecil, um analfabeto, um despolitizado.... Já pensaram Jerônimo no poder?!



(...)



1:25'33''- Dentro da Massa existe um Homem. E o Homem é difícil de se dominar. Mais difícil do que a Massa.



1:27'09''- Todas as vezes que eu lutei em favor das maiorias necessitadas, eu fui ameaçado das formas mais estúpidas. Já recuei várias vezes, adiando problemas do presente, pra pensar no futuro. Mas se eu transfiro o presente para o futuro, encontrarei apenas um futuro acumulado de grandes tragédias.



Pois bem, esta última frase fica pro que considero equívoco de uma parcela (não pequena) do Partido dos Trabalhadores, que fica empurrando o Presente (acordos fisiológicos, pseudo-pragmáticos, muito pouco programáticos). E viva a amenidade política, esta mineiridade, este jogo de empurra de tirarem o rabo da reta; enquanto 2010 fica cada vez menos distante. A direita se alia. E logo "todos" nós nos fudemos. Menos Pimentel, Aécio e Companhia. Afinal de contas, "o Homem" é difícil de dominar. E não demora muito pros eleitores (espero estar errado) darem uma pausa no projeto Democrático 'do PT'. Diga-se de passagem (e um pouco atrasado, que isso cairia melhor com mais proximidade das eleições), um projeto que a cúpula Petista de BH demonstrou ser mais de uma parcela da população do que dos próprios dirigentes.

E viva Jerônimo.....

terça-feira, outubro 07, 2008

Minhas cenas antológicas - 2

Li, agora, mais uma postagem do Rei. Cliquem aqui, porque saramago falou um pouco do autoconhecimento. Justamente hoje que decidi colocar mais uma captura de imagem, do filme de ontem: Bonecas Russas. Com os mesmos atores de Albergue Espanhol e Amelie, este é o ultimo discurso do filme:



"Pensei nas garotas que conheci, Com quem transei ou só desejei. Elas eram como bonecas russas. Passamos a vida inteira nesse jogo, querendo saber quem será a última... A menorzinha que estava escondida dentro das outras desde o início. Não podemos ir direto até ela, temos que seguir as regras... Abrir uma após a outra e nos perguntar:. 'Esta é a última?'"

Com vocês, Célia Shelburn. A grande responsável pelo autoconhecimento do personagem:



Não, vocês estão enganados. Ele não fica com ela no final. Quem não agüenta, toma leite:




Ps.: Estas cenas vão pra Tucha, porque (1) o cara procrastinou anos; (2) o filme é bonitinho; e (3) porque eu disse que ia mandar uma cena pra ela.

sexta-feira, setembro 26, 2008

Minhas cenas antológicas - 1

Enfim. Muito tempo sem postagem. Novidades?!
Pra começo de conversa, vou tentar mestrado. Na comunicação. E, graças a um texto que li, acabei por cair em um filme, lindo. L'amore in citta (O amor na cidade... acho que o nome em português é esse). Sim, isso é prova de que não sei absolutamente nada a respeito de cinema. Sim, esse é um dos temas da prova. Sim, estou fudido e mal pago. Mas fazer o que?!
O filme tem uma parte interessante: Os italianos se viram. É um trecho com belas mulheres e pessoas olhando-as na rua. Capiturei um quadro.




Lembrei de muitos momentos e pessoas. Este quadro vai para o Jõao!
Como estou cheio de filmes cult no meu computador, logo volto com outra postagem.


sexta-feira, setembro 19, 2008

Abin

GRAMPOS
Laudo da PF inocenta Abin
Perícia conclui que maleta comprada pela agência de inteligência não pode fazer escuta telefônica, mas CPI da Câmara quer confirmação e fará sua própria auditoria no aparelho
Ricardo Brito e Mirella D'Elia
Leopoldo Silva/Agência Senado
Paulo Lacerda (E) e general Jorge Félix (C) sempre negaram a participação da Abin nas escutas ilegais contra o presidente do STF, Gilmar Mendes

Brasília – O laudo do Instituto de Criminalística (INC) da Polícia Federal divulgado ontem, que atestou que a maleta comprada pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nos Estados Unidos é incapaz de fazer escutas telefônicas, deixou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, numa saia-justa. Há três semanas, em reunião no Palácio do Planalto, Jobim defendeu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o afastamento do diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, com o argumento principal de que a agência teria equipamentos para realizar grampos.

A reunião, que selou o afastamento preventivo de Lacerda da agência, foi convocada para avaliar a saída política do governo depois da revelação de que uma conversa do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) foi grampeada. Atribui-se a ação à Abin, que participara com agentes da Operação Satiagraha, deflagrada pela Polícia Federal em julho.

Posteriomente, Nelson Jobim confirmou tais declarações e passou a travar um confronto público com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Jorge Félix, a quem a Abin é subordinada. Anteontem pela manhã, Jorge Félix – já ciente de que o laudo da Polícia Federal isentaria a agência – jogou a batata quente para Jobim, dizendo que o ministro da Defesa era quem se pronunciaria sobre os equipamentos da Abin, comprados por uma comissão do Exército em Washington. O ministro da Defesa, que depôs horas depois de Jorge Félix na CPI dos Grampos, fez o primeiro recuo público. No depoimento, Jobim disse que, com base em papel retirado da internet, falou ao presidente que o equipamento poderia grampear a conversa das duas autoridades. Mas, para ter outro argumento que reforçasse a defesa da saída de Lacerda, criticou a participação da Abin na Satiagraha. “Havia um reconhecimento de que agentes estavam em desvio de função”, declarou.

Bem antes, o Exército já havia feito um parecer que revelava que o equipamento poderia fazer grampo. Como a Força é subordinada ao próprio Nelson Jobim, o Planalto optou por não divulgar o estudo — que traria ao ministro um constragimento ainda maior. Tentando se desvincular do caso, a assessoria de imprensa do Ministério da Defesa informou ontem que esse assunto não diz respeito à pasta.

CPI no meio No Congresso, a divulgação do laudo levou a duas reações. A primeira: Nelson Jobim falhou no episódio e Paulo Lacerda, afastado da Abin enquanto a PF investiga quem grampeou Gilmar Mendes, tem de retornar ao cargo. A segunda: o caso não isentaria os eventuais desvios da Abin de Lacerda. Adepto da cautela, o presidente da CPI dos Grampos, Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), anunciou ontem que técnicos da Universidade de Campinas (Unicamp) analisariam os equipamentos da Abin. Itagiba também aguarda o parecer do Exército. O fato é que, para assessores diretores do presidente Lula, a avaliação política é de que a volta de Paulo Lacerda está praticamente descartada. Desde o início da semana, circula nos bastidores nomes de novos diretores da Abin.

REAÇÃO O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, reagiu à iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de criar uma central para monitorar as escutas telefônicas autorizadas por juízes. Ele protocolou uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a medida. Antonio Fernando sustenta que o CNJ extrapolou suas funções ao aprovar a resolução que disciplina os procedimentos para a autorização judicial de interceptações telefônicas. “O Conselho agiu além de sua competência constitucional regulamentar, tanto com invasão da esfera jurisdicional pelo CNJ quanto pelo seu caráter inovador”, afirmou na ação. Antonio Fernando pediu ao Supremo que conceda uma liminar para suspender a resolução.


Matéria do estado de Minas, em 19/09/08

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Esta postagem é coisa rápida, que viajo daqui a duas horas....
De qualquer maneira, o que dá pra pensar é o seguinte: Dado o fato de que a divulgação da inocência nunca é tão forte quando à da denúncia, o que fazer?

Em primeiro lugar, eu já teria demitido o filho da puta do Nelson Jobim.

Em segundo lugar, que tipo de ação pode ser feita com relação à imprensa? Liberdade de imprensa está aí, e gosto pra caralho. Imprensa tem de ser livre, independente (o que não quer dizer neutra) e aquela coisa toda de cartilha sobre democracia. Mas, porra! Que ação deve ser tomada com relação aos meios de comunicação que julgaram uma instituição democrática e legítima?

Não sei o que deveria ser feito...


sábado, setembro 06, 2008

Tempo pra Caralho I

Tem é tempo pra caralho que não posto aqui. Quatro meses é tempo pra caralho. E tempo pra caralho não é aquilo de relativismo e perspectivismo. É tempo pra caralho e pronto.

Mas enfim, por ondem cronológica, que tempo pra caralho não dá pra classificar em ordem de importância:

Fiz monografia. Foi uma porra dum trabalho do caralho. Mas foi realmente divertido. Abri mão de um monte de coisas. O novo produtor do Voto Cidadão ficou segurando minha onda. Cara bacana aquele. Negligenciei uma séries de obrigações e fiquei na faculdade, entre atividades acadêmicas corriqueiras e a "produção" da monografia; 12, 14 horas por dia, durante uns 2 meses.

A primeira questão é a seguinte: Não produzi porra nenhuma. O uso da terceira pessoa vem bem a calhar. Produzimos, eu e meu orientador, um trabalho coletivo. E ele (o orientador, não o trabalho) não sabia o que estava sendo feito. Vi nos seus olhos, e depois ele veio a me verbalizar, que nunca havia passado uma esperiência de orientação de monografia tão sem regra e ordem. Pra quem conhece Mario Fuks, deve perceber o tanto que de fato isso deve ter significado.
Ganhei 90%.
- A -
A defesa foi interessante, um certo número de elogios. Quase todos os "entretantos" foram meus erros de digitação, uma ou outra nota em que deixei "colocar municipios aqui" e acabei por não completar depois.... Estas coisas estúpidas que mostram o tanto que sou um lambão. Em tudo.

Depois das férias, encontrei com meu orientador e ele me disse: "Ramiro, estou fazendo um artigo sobre análise de cobertura, e estou citando você. Hoje penso que sua monografia ficou muito bem feita, muito cuidadosa. Acho que está excelente. Gosto muito mais dela agora do que antes."

Passou por minha cabeça pedir pra ele aumentar a nota. Mas deixa pra lá. :)

A propósito, acho que o meu fim de graduação representou o inicio de graduação. Explico: no primeiro cursinho que fiz, e que isso sim acredito como o início do ciclo, eu estudava 14, 16 horas por dia. Foi o mesmo, contando que minhas 12, 14 horas da formatura não incluem o tempo para ir pra universidade e voltar pra casa. E no meu cursinho eu eu estudava à 15 minutos de casa. Tempo pra Caralho.....

sábado, maio 10, 2008

Okay

Estou em pleno desespero por conta do meu último semestre de faculdade. Monografia, bolsa, disciplina e falta de disciplina. A questão é: esta blog vai continuar como está. Vou formar (?!) e tirar férias. Dia 16/17 estarei em Cusco (ou Cuzco), andarei pelo Peru e Bolívia... E retornarei no dia 11/08. Enquanto não formo, fica uma foto aqui:
Até logo, que esses meses de Maio e junho serão de ralação.

terça-feira, fevereiro 26, 2008

Sentimentalismo besta é:

Não me digam que não é um sentimentalismo besta ver a orquestra de NY se apresentar na Coréia do Norte....

Pelo Jornal da Globo....

E derramar três lágrimas!

Sim, sentimentalismo e otimismo besta.

Mas bonito.

domingo, fevereiro 24, 2008

Tem dias de hoje...

Por dias tristeza vem igual enxurrada. Ou ela pode ser aquele chuva pequena, caindo o dia todo.... aquela garoa.

Hoje a garoa virou enxurrada. E me sinto a pessoa mais solitária do mundo....

terça-feira, fevereiro 19, 2008

(Amanhã coloco uma foto aqui....)


O mais bonito da tristeza é que ela aparece quando abaixamos a guarda. É como o céu nublado, a tristeza; pode-se abrir a janela e ver um dia com pouco sol. Logo, um dia em que o sol não nos machuca aos olhos ou que a garoa facilita a vida.
Ou pode ser um dia lânguido, dia triste. Como se a tristeza, e, logo, a felicidade, estivesse presente nas coisas. Dia triste, rua triste, tristeza do azul, a tristeza da pobreza. E nos esquecemos que as coisas nao são tristes ou alegres. Tal como aquele discurso do "sistema capitalista", ou qualquer bobagem do gênero. não existe sistema, não existe ceu triste. O que existe são as pessoas, em suas relações com as coisas.
Um dia - ou um segundo - olhamos e vemos uma sombra triste, e que vem podemos ver desenhos feitos pelos raios e as quinas. Outro dia, "que triste o céu". O céu não é triste
- Olha!
entre as duas nuvem, há um desenho de um coelhinho. Parecido com o coelho da Lua cheia, que só eu vejo.
Um outro dia, quem sabe.

quarta-feira, janeiro 30, 2008

TV GLOBINHO...

Estava trabalhando, usando o computador. Sim, trabalhando nas férias! O que é pior, no horário do Jornal da Globo.
Como estava no computador, nao estava muito atencioso para o homem do Governo que afirmou. Mas a fala nao escapou:


"Não é possível que sejamos tratados como colônia de segunda importância."

Claro que não! Queremos o status de colônia de 1ª importância!

Eu não poderia deixar essa passar....


Ps.: Desculpem-me a postagem tal como está, tenho problemas no computador que nao me permite muitas edições.. e tenho preguiça...

domingo, janeiro 13, 2008

(depois de muito tempo como "rascunho"...)

Saudade é coisa que todo mundo sente. Mas que somente falantes do português conseguem expressar.... Muita saudade, criada, como a palavra, através do oceano....