quinta-feira, abril 06, 2006

Moedinhas

" (...) não se ama mais ou menos, se ama em condições diferentes."
Não sei, isso me parece muito relativismo. Isso não resultaria em "amo todos", já que não se pode quantificar...? É claro que o amor aos parentes é diferente ao amor aos amigos, ou ao chocolate. Mas amo mais um amigo (específico) ao outro, mais ao chocolate Doce Cacau que aqueles em formato de moedinhas... (sim, eles ainda existem)
Não acho... creio de fato que os amores são diferentes não só qualitativamente, mas também, possivelmente, quantitativamente. De fato creio que seja possível amar duas pessoas, uma tanto quanto a outra, quantitativamente amadas. Mas não quando quanto a outra, não da mesma maneira, não qualitativamente iguais....
O amor qualitativamente diferente é um fato, mas o quantitativamente nem sempre. E é importante frisar que o “nem sempre” deixa uma margem grande de incerteza... Posso amar uma pessoa tanto quanto a outra, mas ainda posso amar uma pessoa muito menos que a outra, ou pouco menos, ou quase, quase, quase, quase tanto.

terça-feira, abril 04, 2006

Sem interrogações

É como que uma obrigação de algo dizer. Como no incomodo do silencio, onde mesmo que nao seja uma situação indomoda, anda resta a dúvida se o silencio é por nao ter o que dizer ou o de muito já ter dito. E isso faz toda diferença.
E então fico, na obrigação de dizer. Talves um "eu te amo", ou "eu te amei", "prometo que te amarei", "te amarei eternamente". E ter certeza de ser esta mais absoluta mentira. O eternamente...
(Aliás, por uma questão lógica: como o "te amarei eternamente" pode ser a mais absoluta mentira(interrogação). A mentiria mais absoluta não seria a mentira perfeita, repleta, eterna(interrogação). Entao mesmo o meu amor eterno pode ter alguma esperança... não, isto nao é retórica! Pelo menos não o é de modo tão fazio... A promessa, ou certeza, ou sentimento de amor eterno é tão leviano quanto o de amor absolutamente passageiro; não se pode ter certeza, e pela incerteza reinante, pode-se agarrar tanto em um quanto em outro. Ou, de uma maneira inversa, poderia dizer, agarrando-me em alguma forma de vida oriental, que, sendo as duas formas levianas, o importante é o meio termo. Mas isso já é outra história)
Mas podeira dizer qualquer coisa. quem sabe sobre a converça das outras pessoas, teorizar sobre o BBB, falar sobre o presidente, sobre o PT, sobre a carencia de líderes, sobre a vontade de "tirar autas e parar de brincar"... E todo isso para não ficar calado, para ter o que dizer, para não se sentir um chato, um desinformado, um medíocre.
Tudo isso para ter algo de interessante pra dizer, assim como outras pessoas. Só para sentir-me menos vulnerável do que eu mesmo...
ps. 1: devido a restrições orçamentárias, faltam acentos no texto, alem do sinal de interrogação. Entenderam(interrogação)
ps. 2: Durante a elaboração do texto, deu-me uma vontade louca de cometer um assassinato à língua. cometo então: cilencio. que sonora esta palavra com o "c".... e sem acento....