quinta-feira, agosto 31, 2006

Querido diário

Querido diário,
Como, dizem, um diário pode ser importante para o desenvolvimento intelectual de todo infante, começo agora, meio atrasado, de fato.
Hoje, querido diário, tive um ótimo dia. Com uma bela aula às 7:30 da manha e uma outra um pouco mais protocolar, diria. Logo depois, já no horário do almoço, segui à pça de serviços. Pensando..:
'Vou até à Faculdade de Biologia e pego o papel que mamãe pediu que eu pegasse a quatro dias e em todos esses havia esquecido. Dai eu vou no café da praça e tomo dois ou três expressos até o bandeijao esvaziar. Dai eu pego o 5102 e vou à face, pra minha aula da tarde.
...
Se bem que se eu pegar o onibus lá perto do bandeijao, é possivel, dado o horario, que eu nao consiga um acento no onibus. Então é melhor eu voltar e pegar perdo da fafich... Aliás, eu posso almoçar no bandeijao do centro, que é mais vazio. Entao é isso!'
e dei meia volta antes mesmo de chegar à pça, fui à fafich, conversei com uma amiga, passei no computador, olhei e-mail e peguei o 5102.
Quando perto do centro, lembrei: 'pqp, o documento q ia pegar no ICB'
Cheguei à face e, enquanto esperava a aula começar, lembrei: 'pqp, esqueci q não tenho aula hoje'
Aproveitei que ainda estava cedo e fui ao campus de novo, pegar o documento. Cheguei, peguei o documento, resolvi umas coisas e peguei, novamente, o 5102.
Como tinha 10 reais e o trocador não tinha troco, fiquei de pegar o troco mais tarde.
Foi quando peguei meu 2° onibus e, quando ia passar na roleta, lembrei: 'PQP, o troco'.
Desci do onibus, sem dinheiro, passei no maleta, tirei dinheiro e, dado o adiantado da hora e o transito caótico: 'porque não uma cerveja?!'
Terminei minha tarde na guajajaras tomando uma cerveja e fumando dois cigarros, um de cada vez...
E ainda tenho esperança de recuperar o troco do onibus...

quarta-feira, agosto 30, 2006

Uma - quase - pequena pausa nas lamentações...

Comentaram-me comigo hoje.
"Fizeram justamente o que eu tinha pensado em fazer!"
Essa é uma frase muito ouvida na academia. Num daqueles momentos em que sentimos nossa criatividade e aquela nossa idéia "original" ser reduzida a uma cópia, ou uma repetição.
Um dia, num desses porres que sempre tomo e que me fazem pensar, cheguei à conclusão que é justamente a repetição que faz as coisas evoluirem. Não uma repetição, na verdade, mas um 'baseamento', diria.
Isso porque as inovações não inovam muita coisa, paradoxalmente. Só apontam. O real desenvolvimento é dado como o (des)envolvimento da 'real vanguarda'. Muitas vezes fechadas no próprio ego, quem sabe..!?
Mesmo essa concepção, a da vanguarda, me parece realmente exagerada. Mas, de qualquer maneira, hoje concebo o avanço como, de fato, um processo de citar, reler, discutir, fazer colagens e escrever algo ligeiramente diferente.
E é por isso que tudo demora tanto. Um tanto-tanto.

terça-feira, agosto 29, 2006

Preguiça

Tá bom, eu confesso. O fato é que me abrigo neste blog e fico de fato fingindo que sei escrever. E entre um post e outro, lições de prolixidez e raros bons textos, acabo por realizar uma catarse. Essa palavra é legal, mas nao é tanto uma palavra corrente para mim. Embora uma palavra comum, lembrei de sua existência entre um blog e outro visitado. Hoje vislumbrei dois bons blogs e os coloquei ao lado. O fato é que visitei mais de 2 bons, mas deveria acrescentar com um pouco de cautela. Nem seria essa a palavra, o que tenho mesmo é preguiça.
Conversando com uma caloura hoje, disse que estava com preguiça e triste. foi quando ela me questionou: "Você está com preguiça da tristeza ou tristeza dá preguiça?" um 'tristeza da preguiça' também seria um belo trocadilho. mas o primeiro é melhor.
Não soube responder. e dai que ela começou a falar palavras - e ações - que seriam causadas pela tristeza. Preguiça, apatia, desinteresse, cepticismo, indiferença. Foi uma bela "lição" dada por uma caloura, uma daquelas de rosto límpido, olhar iluminado pela universidade e no auge de seus, sei lá, quem sabe 18 anos... E depois os veteranos é quem são burros.
De qualquer maneira, voltando ao blog, diria que o meu prazer mesmo é visitar blog, e de fato fico feliz quando uma ou outra garota dessas que escrevem por ai acabam por me mandar recados. Ainda mais quando fazem um elogio suspeito sobre um texto ou outro meu.
Digo "garotas" e "suspeitos" porque todas elas escrevem, seguramente, muito melhor do que eu. O que acabo por achar natural. É impressionante como as mulheres escrevem melhor do que os homens. Generalização grosseira, mas não é por mais absoluta coincidência que a maioria ao lado são mulheres. Essas meninas são boas! Cada vez me convenço mais que isso de sensibilidade e letras é coisa realmente de mulherzinha, mulheres médias e mulherzonas.
Nem sei porque insisto nisso. Deveria realmente voltar ao Muay Thai e acompanhar o campeonato brasileiro. Mas tenho uma preguiça...

sábado, agosto 26, 2006

Será?

Estou hoje com uma daquelas camisetas de anos. Quem sabe uns 6 ou 8... Uma camiseta que já chegou àquele jeito que só é possível sair perto de casa para um lugar bem, bem próximo. Uma padaria, quem sabe...
Mas não estou com ela por ser justamente confortável. Embora o seja, estou vestido porque ela tem uma frase:
vazio
... para se encher e tornar a ser vazio para sentir.
Já foram muitas as vezes que me perguntaram o significado da frase e, respondendo, nunca conseguia, de fato, responder.
Pensei agora em uma outra frase:
A plenitude de uma coisa que nos enche só plenamente sentida quando nao nos enche mais. A necessária distância.
Não que não seja sentida a massa no momento, no durante. Mas as mudanças que processamos, ou que nos processam... só é sentida quando de outra mudança iniciada. Como se a vida fosse dividida em um ciclo e outro. Aqui tenho uma dúvida. Será?

terça-feira, agosto 22, 2006

Gira Amante

Impressiona-me ser uma rosa, ou várias, a flor dos amantes. Isso porque uma rosa me parece tão insossa. E se uma é insossa, várias são indiferenciáveis. A princípio ia chamar aquela "uma rosa" de indiferenciável, mas somente um plural pode sê-lo...
Voltando, as rosas são indeferenciáveis. Radicalmente diferentes, portanto, de qualquer sentimento de amor. Sempre diferentes, os amores nunca se permitem incondicionais ou iguais. Um amor nunca é igual. Já vi uma frase uma vez que dizia que os amores nunca acabam, mas mudam de lugar. Pode ser, mudam de amor à paixão, de amor ao carinho, de amor ao rancor, sei lá. Intensidades equivalentes de sentimentos diferentes. Dai até pode ser, mas que o amor à uma pessoa não se transmuta ao amor de outra, disso estou certo.
Voltando às flores, uma "conhecida" minha, e dai faço o uso de aspas de forma realmente preciosa, possibilitou que eu conhecesse a flor, ou uma das flores, do amor.
Como efeito de retórica diria que a flor do amor não pode ser outra senão o girassol. Mas na verdade nada no mundo é tão absoluto, isso de coisa não poder ser outra. Mas, de qualquer maneira: 'A flor do amor não pode ser outra senão o girassol'.
Isso porque o girassol só tem olhos para um referencial, o sol.
Dado ao fato de que o amor é sempre um referencial de desejo, de carinho, de espelho, de admiração; e dado o fato de que um amor nunca pode ser igual a outro; e dado mais um fato elementar, um sol nunca pode ser igual a outro; a flor do amor, a flor do referencial, da admiração ao sol que todos procuramos é, de fato, a flor que gira procurando um objeto de adoração.
É como se o girassol fosse um olho de caleidoscópio, procurando alguma coisa para brilhar.

sexta-feira, agosto 18, 2006

Desejo

Hoje quero ser a mulher do relacionamento.
Quero um olhar apaixonado. Quero flores. Quero presentes. Não somente aqueles que se compra, mas os que se faz. Aqueles presentes que duram dias para serem feitos.
Quero olhares apaixonados, repito. Quero bombons. Quero sorvete! Quero que me esperem na saida da aula com um sorriso de quem ganha um presente. Não quero ser querido pelo sexo. Não quero ser querido para exibição. Quero um querer. O Querer. Querer de um sábado inteiro dentro de um quarto. Também vale um domingo, um feriado. Quero conversas longas, despretenciosas. Quero um envolver, um escutar músicas e comentá-las. Quero uma carta apaixonada. Também vale aqueles emails. Ou mensagens no celular. Quero um Lembrei De Você, uma surpresa, um galanteio. Um sorriso sincero. Quero ser conquistado. Não pelo sexo, bom mas trivial, mas pelas virtudes. Sim, quereria ser amado pelas mais absolutas virtudes. O desejo de me sentir sublime.
Quero o prazer de me sentir único, mais um único entre dois. Dois únicos, um para o outro.
Quero ser acordado com beijos e café na cama. Quero uma noite com velas, bom vinho e um jantar feito a dois. De modo bem cúmplice. Quero um silencio de depois, um Eu Te Amo, uma não muita afobação. Também quero um não sexo, uma volta da noite de namoro e um sono com os anjos. E quero um Relacionamento.
E...
...um desejo de ser uma bela flor.

domingo, agosto 13, 2006

A girl with kaleidoscope eyes

Deve ter alguma coisa muito errada na minha formação. Como eu posso, somente muito recentemente, ter descoberto, na mais profunda acepção da palavra, algumas coisas???

Não que eu não houvesse ouvido as músicas do 'Lucy In The Sky', mas até pouco tempo, 1 mês, talvez, ou algumas semanas, não tinha escutado o álbum todo, da primeira faixa à ultima. E reparem a diferença entre ouvir e escutar, vejo a última ação muito mais profunda...

E é então que encontro um álbum absolutamente perfeito. Do qual retiro, hoje, duas músicas: 'Lucy In The Sky With Diamonds', que dá-me uma frase fantástica, "Somebody calls you, you answer quite slowly A girl with kaleidoscope eyes". E percebo, não direi tanto pelos outros, mas que boa parte dos homens, pelo menos, busca nada mais que uma garota com olhos de caleidoscópio. Um desses olhares que brilham, que falam, que quase emitem luz própria.

A outra é 'She's Leaving Home', donde uma mulher mostra a vontade de liberdade. E que toda vontade de liberdade, de desprender-se, por modo ou outro, dói.
Passou-me uma retificação pela cabeça. Não obstante algumas pessoas realmente terem olhos de caleidoscópio, eles nao são essenciais, dado que podem surgir e desaparecer, ou melhor. Iluminam e apagam.
Ia colocar Iluminam-se e apagam-se. Mas o que provoca um olhar de caleidoscópio é sempre outra coisa. É sempre, mesmo que por uma capacidade de "Perceber" de quem os possui, provocado por algo para eles belo. Os olhos se acendem pelo mais profundo agradecimento pela visão, pelo Belo que é visto.

sábado, agosto 12, 2006

Jornalismo I

Já que generalizar é facil, pensei em uma bela generalização:
Todo Cientista Político se acha Jornalista.


É claro que minha análise parte da academia, onde me encontro, e de estudantes, mesmo que quase profissionais formados. Acho que isso teria a ver com o seguinte, os pretendentes a Cientistas Políticos acham que poderiam ser ótimos jornalistas. Dai o embaraço sentido, dentro da academia, entre os "cientistas sociais" e os comunicólogos, onde aqueles vivem por apontar os defeitos destes.
E não necessariamente o inverso, já que são os estudantes de comunicação que bebem das ciências sociais, e nao o contrário. E isso é uma pena...
Nós, pretenços cientistas sociais, que nos debruçamos sobre 4 metodologias, 4 sociologias, 4 antropologias e 4 políticas durante a vida academica, e dai digo somente as matérias obrigatórias, sempre cheios de teoria sobre como é, qual é e como deveria ser, nos contorcemos diante das generalizações jornalisticas. E achamos que faríamos muito melhor!!!
E ainda a sombra da Escola de Frankfurt, com seus conceitos de cultura de massa, industria cultural e aquele monte de coisas que nos "permite" colocar o dedo na ferida dos comunicólogos e acusa-los de se renderem ao Espetacular. É claro que não digo 'sombra" no sentido de jogar ao lixo, simplesmente, a contribuição dos frankfurtianos (nem sei se esse nome existe, ou é escrito assim)... Acho que tem contribuições legais. Mas dai a nos fecharmos nas ciências sociais e falar da manipulação da imprensa sobre a massa, isso já me parece demais...
Lembraria, é claro, umas coisas. A primeira é a invejavel, na minha opiniao, capacidade de mobilização dos Comunicólogos. Na minha turma faz tempo que nao temos uma festa. E isso não indica pouca coisa!!!
Outra coisa é uma citação de Marx, sobre a liberdade de imprensa.... Na verdade eu nao consegui achar o texto, mas Marx faz uma análise, na gazeta Renana, sobre o modo como é a imprensa que permite sair da filosofia e ir ao mundo real, saindo do idealismo dos jovens hegelianos. Mas, enfim, depois coloco o trecho certinho.
A questão é que, embora com menos teoria sobre ciências políticas, e essa é mais uma bela generalização, são os comunicólogos que conseguem se mobilizar e sair da onde nós, pretenços ciêntistas políticos, nos fechamos. Sair dos livros.

sábado, agosto 05, 2006

Fortuna, variável como a lua

Canções de beuer - Carmina Burana
oh fortuna Ó Fortuna
velut luna tal a Lua,
statu variabilis, uma forma variável!
semper crescis Sempre enchendo
aut decrescis; Ou encolhendo:
Estes são os primeiros versos da peça Carmina Burana. Muito conhecida, ela foi uma coletânea de vários textos dispersos e editados e modificados e musicados por Carl Orff. Tema de diversos filmes, os textos de monges goliardos medievais tratam da Fortuna, deusa romana da sorte, sendo ela boa ou má.
De fato eu prefiro a tradução "Ò fortuna, variável como a lua", invertendo a segunda com a terceira frase e dando uma sonoridade melhor, mas fica esta acima, inclusa a referencia, assim como outras coisas dessa postagem, no site em questão.
A fortuna, variável como a lua, é mulher. Deusa mulher de uma época em que os céus não estavam tão onipotentemente masculinizados. Afinal de contas, acho que umas Marias não são mulheres o bastante. Não desmerecendo-as, mas se o Deus todo poderoso fosse casado e tivesse lá algumas mulheres em seu redor, acreditaria lá em mais alguma sensibilidade divina. Okay, posta está a hierarquia divina atual, mas digamos que A Fortuna é de uma época em que a burocracia transcendental era mais refinada...
A fortuna, diria também, aquela que roda um timão onde os homens estao postos e são levados acima e abaixo(ver inicio do texto do 2° link) na grande roda, tem algumas características preciosas, diria:
"Ela possui, assim, duas faces: uma, sedutora e atraente, caprichosa e flutuante, quando mente com sua aparência de felicidade; outra, comedida e sincera, pois mostra os verdadeiros amigos, distinguindo a franqueza da hipocrisia. Assim, a Fortuna comporta uma parte de bem e uma parte de mal. Uma engana, a outra instrui. Pois a amizade é o tesouro mais sagrado que existe, pois os amigos são dados pela virtude e não pela Fortuna. [destacados dos autores, Costa; Zierer]"
Esse, para mim, foi o trecho mas belo do artigo do link. Colocaria todo ele em negrito, mas, enfim...
Ele está ai para que eu possa falar que a fortuna só poderia ser representada por uma mulher. Somente uma mulher poderia ser sedutora e atraente, caprichosa e flutuante, ao mesmo tempo que comedida e sincera. E instruir tanto, como quem rí suavemente durante o girar da roda da vida.
Somente uma mulher poderia colocar poderia colocar, de fato, tudo em movimento!

terça-feira, agosto 01, 2006

Palmito-parade

Recebi um e-mail sobre a cowparade. Ou melhor, sobre o questionamento da mesma. A origem do texto, daquele centro de mídia independente que realmente tem ações louváveis, mostra-me como as autoproclamadas vanguardas políticas podem ser autoritárias.
Não questiono, é claro, o aspécto de maus tratatos com animais. As grandes e pequenas industrias têm disso, mas falar de uma "não arte" pelo sentido de ser financiada pelas grandes organizações me parece tão leviano... Como se os maiores movimentos artísticos da história da humanidade não tivessem, sempre, sendo financiado por uma elite, por um grupo por cima da carne seca. Ou alguem acha que seria possível O Renascimento sem o financiamento de uma classe muito endinherada e que, por vezes, nao tinha o interesse da arte pela arte, mas interessavam-se por publicidade, ou sei lá...
O modo como esses pseudo-revolucionários impõe uma necessidade de arte politizada me lembra a imposição em determinada fase da revolução russa, e nao só nela, de que a arte fosse associada a uma bandeira política. Não que eu não acredite que isso de arte política nao sja legal, mas o fundamental é que seja por necessidade do artista, da arte, da vontade - e, digamos, de uma vontade do público. E não sobre um Imperativo Categórico de que você não deve se associar às grandes empresas para produzir arte, ou qualquer outra coisa...
Digo isso porque sou pela liberdade, e adoro uma carne. E, completo, odeio leite! E porque cargas d'agua deveria ter um ódio de quaquer uma das empresas de produção de alfaces. Tá bom, é outra coisa, os alfaces nao passam por condições gravíssimas por grandes empresas (até onde sei), mas caso eu soubesse de uma grande empresa de produção de palmitos, e eu odiasse palmitos por serem somente uma pequena parte de uma grande arvore, ainda assim não desdenharia qualquer iniciativa artistica, e publicitária, dos empresarios do palmito.
Ai me vem meia dúzia de autoritários reclamar de exposições públicas, abertas, acessíveis e transmutando "questionamento" em vandalismo. Tenha a santa paciência...
A princípio, ví um ótimo vídeo que passei para outros e-mails. Acho uma boa bandeira, ou iniciativa, mas sem exageros, por favor...
ps.1: A tempo pelo que disse da revolução russa: gosto de Lenin, já o li um pouco inclusive; adoro Marx; amo arte, mesmo as despolitizadas e elitistas. arte é arte. E o melhor já produzido foi graças a muita, muita segregação e desigualdade. Tão claro como o leite!
Ps.2: Torço aqui pela melhora de Fidel, sem ironias...!