sexta-feira, janeiro 12, 2007

Sei lá, sei não

Sei lá a Vida Tem Sempre Razão
Vinicius de Moraes

Tem dias que eu fico pensando na vida
E sinceramente não vejo saída
Como é por exemplo que dá pra entender
A gente mal nasce e começa a morrer
Depois da chegada vem sempre a partida
Porque não há nada sem separação
Sei lá, sei lá
A vida é uma grande ilusão
Sei lá, Sei lá
A vida tem sempre razão
A gente nem sabe que males se apronta
Fazendo de conta, fingindo esquecer
Que nada renasce antes que se acabe
E o sol que desponta tem que anoitecer
De nada adianta ficar-se de fora
A hora do sim é o descuido do não
Sei lá, sei lá
Só sei que é preciso paixão
Sei lá, sei lá
A vida tem sempre razão

Em novembro de 2005 iniciei este blog. Na verdade não lembro exatamente como aconteceu, pelo menos com relação ao nome e as datas. Não sei se ele já estava aberto e sem nome; ou se esteve com nome, e ganhou inscrição virtual. Lembro, entretantos, que o nome deveu-se à música, e, retornando agora ao histórico, a primeira postagem foi sobre o samba e a tristeza, ou algo que valha. Fiquei impressionado, na época, com essa música porque sempre a imaginei com o refrão "sei lá, sei não", e sempre achei que essa métrica era a métrica.
Mas não. No filme Vinícius eu vi que um "sei lá" era seguido por outro. Coloquei, então, um sei não. E assim o blog iniciou. Sei lá, sei não.
Hoje minha mãe me disse que tem uma versão dessa música aparece tal como é o titulo do blog. Deve ser com essa versão que conheci a musica a princípio, e assim ficou em mente.
Indo agora ao oráculo, digo Google, digitei o "sei lá, sei não", e ou apareceu uma música qualquer dos racionais, ou apareceu referências ao meu blog. Não tenho dúvida agora, está patenteado.
Escutando a musica hoje, e retornando à letra, chamou-me atenção novamente.

A gente nem sabe que males se apronta
Fazendo de conta, fingindo esquecer
Que nada renasce antes que se acabe
E o sol que desponta tem que anoitecer
De nada adianta ficar-se de fora
A hora do sim é o descuido do não
Sei lá, sei lá
Só sei que é preciso paixão
Sei lá, sei lá
A vida tem sempre razão

Uma coisa termina pra outra nascer. Para nascer em amor, em paixão, como uma lógica fantástica, bela. O nascimento da paixão aparece mais ou menos assim na música. Têm de ser reposta e sempre, ou quase sempre, para não ser determinista, acaba. Quase como o arco-íris.

3 comentários:

Anônimo disse...

esse homem é um genio! sei lá sei nao, mas essa musica deveria chamar-se dialectica da vida.
"A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar" vinicius é um poeta do devir!

Anônimo disse...

Realmente, muito linda a música. E é uma pena que você não tenha conhecido o Vinícius em vida, para dar essa dica do "sei não", né!

Ah, respondi pra você lá no blog (e no email). Volte mais vezes para trocar idéias, viu?

Abração!

Sei lá, Sei não disse...

Sim, precisa que haja vento sem parar...