Diariamente leio os blogs ao lado. Um a um. Estes que escrevem não se surpreendem tanto com meus elogios. São de fato tão comuns que alguns nem já os lêem com os mesmos olhos. Parecem, os elogios, não os olhos, firmados em gentileza tamanha que as vezes penso se acaso eles realmente sabem e acreditam no tanto que bem escrevem.
Acho que não. Escrevem de modo normal, sem grandes pretensões. E escrevem, quem sabe justamente por isso, feito grandes poetas. Pergunto-me quantos poetas ficaram escondidos antes dos tempos dos blogs. E que agora se mostram em restritos grupos e escrevem "postagens", nome atual para muitos poemas.
Muitos desses tenho de ler várias vezes, até chegar à mensagem, minha mensagem, de determinada maneira. Os bons textos são assim, têm de ser digeridos, lentamente, gradualmente. Por isso as vezes nem deixo comentários. Acho que não saberia dizer o tanto que alguns textos são bons. Lembro-me de um filme em que o personagem faz um fabuloso discurso que não recebe nenhuma palma. À frustração do personagem, outro acalenta falando de como o discurso não foi aplaudido justamente por ter sido muito emocionante. Algumas coisas são tão boas que não podem ser aplaudidas. Algumas coisas devem reinar um tempo no silêncio.
Minha relação com os blogs é mais ou menos essa: me dão alguma esperança na qualidade de produção artística nacional.
Não estou exagerando nem sendo demasiado gentil. É verdade que muitos vêem meus olhos como gentis, e de fato são, mas meus elogios são verdadeiros.
O problema é que as pessoas me tocam demasiado. Sim, as pessoas são belas... Tão belas que merecem um minuto de silêncio, como uma reza.
Acho que não. Escrevem de modo normal, sem grandes pretensões. E escrevem, quem sabe justamente por isso, feito grandes poetas. Pergunto-me quantos poetas ficaram escondidos antes dos tempos dos blogs. E que agora se mostram em restritos grupos e escrevem "postagens", nome atual para muitos poemas.
Muitos desses tenho de ler várias vezes, até chegar à mensagem, minha mensagem, de determinada maneira. Os bons textos são assim, têm de ser digeridos, lentamente, gradualmente. Por isso as vezes nem deixo comentários. Acho que não saberia dizer o tanto que alguns textos são bons. Lembro-me de um filme em que o personagem faz um fabuloso discurso que não recebe nenhuma palma. À frustração do personagem, outro acalenta falando de como o discurso não foi aplaudido justamente por ter sido muito emocionante. Algumas coisas são tão boas que não podem ser aplaudidas. Algumas coisas devem reinar um tempo no silêncio.
Minha relação com os blogs é mais ou menos essa: me dão alguma esperança na qualidade de produção artística nacional.
Não estou exagerando nem sendo demasiado gentil. É verdade que muitos vêem meus olhos como gentis, e de fato são, mas meus elogios são verdadeiros.
O problema é que as pessoas me tocam demasiado. Sim, as pessoas são belas... Tão belas que merecem um minuto de silêncio, como uma reza.
3 comentários:
......lindo de grava brabuleta, tue és!
por vezes não há mesmo nada a dizer!silêncio é sinónimo de anuência,... ou indiferença! depende do "estofo" do autor interpretar os comentários ou os não comentários! o meu silêncio aqui neste blog simboliza anuência!... noutros indiferença só faz sentido (no meu ponto de vista) comentar algum post se me parecer que acrescento algo ás ideias apresentadas! o silêncio tem uma sonoridade muito mais ruidosa que uma salva de palmas! o reconhecimento, o eco dos grandes "poetas" repercute-se quase sempre depois destes deixarem este mundo ao qual não parecem pertencer, para nao pararem de nos extasiar com a melodia das suas palavras:aí sim as salvas fazem-se ouvir por todo o lado, numa especie de plateia universal!
só li agora esse post. que lindo. lindo.
"as pessoas me tocam demasiadamente"
ela me tocam também e muito.
é bom saber que existem outras.. é bom descobrir outras..
um beijo.
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