terça-feira, outubro 24, 2006

Bons Homens, aqueles Elfos...




Desde que sei da existência, sempre gostei de RPG. Espadas, história, imaginação fértil, vampiros de gerações imemoráveis, Elfos.
Sim, sobretudo os elfos. Acho que estes seres e o mundo à parte que todos temos (tenho) representam a necessidade do que é singelo, sem contudo ser moral, moralizante.
O mundo, acredito, perdeu o fio meada do que é singelo. Uma colher, por exemplo, de 50 anos atrás, uma cadeira; o abandono do utilitarismo que me mata hoje.
O mundo não é 'util', e continua a ser bonito.
E o Elfo, com sua delicadeza de cortar cabeças, sua graça. A Graciosidade.
O homem, e digo no gênero específico, perdeu a graça e continua querendo cortar cabeças. Embora eu não ache que a vida tenha um valor inerente , ainda acho triste um palavrão gratuito, um lugar não sedido à uma velhinha, um papel pelo vidro do ônibus. Isso é muito pior, as pequenas faltas de delicadeza.
Um elfo não faria isso. Não atacaria pelas costas, nao coçaria o saco em público, não contaria vantágem com a traição à Elfa. E o elfo adoraria uma colher com detalhes bonitos durante todo um dia. Como uma pequena joia. E pegaria seu arco ou sua espada para matar hordas de orcs, ou mesmo outros elfos, já que sempre temos inimigos que nao são tão diferentes.
E choraria por uma boa música e fumaria um bom cachimbo sem se preocupar com o enfisema no final de seus séculos de existência.
Gosto de Elfos pois são a aproximação fantástica do spiritu feminino...
E ainda conseguem cortar cabeças, como bons homens.

Nenhum comentário: