O mais bonito da tristeza é que ela aparece quando abaixamos a guarda. É como o céu nublado, a tristeza; pode-se abrir a janela e ver um dia com pouco sol. Logo, um dia em que o sol não nos machuca aos olhos ou que a garoa facilita a vida.
Ou pode ser um dia lânguido, dia triste. Como se a tristeza, e, logo, a felicidade, estivesse presente nas coisas. Dia triste, rua triste, tristeza do azul, a tristeza da pobreza. E nos esquecemos que as coisas nao são tristes ou alegres. Tal como aquele discurso do "sistema capitalista", ou qualquer bobagem do gênero. não existe sistema, não existe ceu triste. O que existe são as pessoas, em suas relações com as coisas.
Um dia - ou um segundo - olhamos e vemos uma sombra triste, e que vem podemos ver desenhos feitos pelos raios e as quinas. Outro dia, "que triste o céu". O céu não é triste
- Olha!
entre as duas nuvem, há um desenho de um coelhinho. Parecido com o coelho da Lua cheia, que só eu vejo.
Um outro dia, quem sabe.
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