É claro que não pretendo aqui remeter às generalizações ou coisa que valha, mas vejo com grande frequência jovens mulheres, como sou jovem homem, dizerem a respeito de toda palidez de amor ou como o sexo oposto acaba com toda possibilidade de pleno desenvolvimento lírico. É como se as mulheres identificassem no homem grande potencial de acabar com o lirismo. Não fecho aos olhos o fado da dificuldade de relacionamento com o masculino, nem com qualquer relação de gênero, nem como este gênero é capaz de magoar e estreitar o amor. Mas daí ao feminino (quase) se abstrair de qualquer responsabilidade...
Neste sentido, gosto dos espíritos jovens, joviais, meio que mesmo ingênuos. Gosto dos que se apaixonam facilmente, dos que sorriem, dos que postam fotos, dos que sentam ao colo, recebem e dão cafunés, dos que não se retiram ao direito de dormirem e servirem de travesseiros. Gosto dos sonhadores, amigos. Gosto dos pensadores do futuro grande. E só existem os sonhadores dentre aqueles capazes de morrer de amor à vida.
O amor exige uma falta qualquer de ponderação.