domingo, julho 23, 2006

"Ensaio Sobre a Lucidez"

Sobre lucidez V - Ato final
Isso já tem alguns dias. Chorei pela primeira vez lendo um livro. Nem sei na verdade se poderia ser definido como choro, algumas poucas lágrimas. Dentre os vários livros de José Saramago lidos por mim da primeira à última pagina, e diria que não foram poucos: 7, foi este do título o que mais me emocionou.
E este foi um belo livro. Fala sobre lucidez e sobre a maneira como nada no mundo, digo Nada, passa sem conseqüências. E a conseqüência da lucidez também veio... Mas isso guardaria, de modo geral, para aqueles que tenham o interesse de ler. Não contarei o final da história.
Se bem que, num mesmo livro do Saramago, tem-se uma frase que é mais ou menos assim: “(...) perdoem-me os leitores se contei o final da história. Mas isso pouco importa, na verdade. Todos nós sabemos como acabará a vida, com a morte, e nem por isso deixamos de viver” Claro que ele foi mais poético do que eu, é o que o Nobel credencia. Mas a idéia da frase é esta, com mais ou menos palavras.
E diria, José, que a vida é relacionar-se. E os relacionamentos acabam... e sempre nos mudam. Como a vida é uma só e nada podemos levar dela, o que nos resta é levar o que aprendemos de uma intermitência à outra. Afinal de contas, a “solterice” é só uma intermitência... E pra mim sempre foi intermitência entre uma mulher maravilhosa e outra.

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