sexta-feira, janeiro 16, 2009

Caffè Espresso

Os fatos são mais ou menos assim: Cesare Battisti militou, nos fins de 70, o que teria provocado a morte de três, e a articulação pra mais uma desencarnação. Foi julgado à revelia de sua presença, a partir de uma delação premiada, depois de singelos 15 anos. Pegou a perpétua.
O governo francês negou asilo. Battisti veio pro Brasil e foi preso em 2007.
O carcamano tinha 22 anos quando das acusações (ou 23, 21; não sei se ele é canceriano ou de libra). A informação da idade é, para mim, por demais relevante.

A propósito, um editorial do Jornal da Band associo o "Caso Battisti" ao cubanos. Quando presos, os hermanos não estavam pedindo asilo, mas uma possibilidade de poderem não retornar a cuba, mas poderem ir pra Alemanha (ou Suécia, Dinamarca, Turquia, o que dá no mesmo). Não estavam pedindo asilo no Brasil, nem vieram à terra da capoeira pra ficar. Isso diz o bastante para mim.


São casos como Battisti que fazem com que eu goste ainda mais do governo Lula. E que se foda Riccardo di Corato. Ele vai boicotar carros da Fiat? Ou nosso "caffè Espresso"?

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Pois bem, exclamou o conde.

Este blog está realmente vazio. Não tanto por falta de tempo, mas a absoluta falta de ânimo. Neste momento pós-formado, ou melhor, neste período "Fim-Início" de ano formado, há uma quase completa falta de tesão pelas coisas. Um "Q" de que o mundo é chato, sou um "chato-bêbado-mediocre" e me falta alguma coisa para falar. Ou também uma capacidade para ouvir, quem sabe, e o que seria ainda pior.
Encontrei ontem com um amigo, também formado, e ele me disse sobre mais ou menos esse sentimento. A sensação de que nada acontece.
Tá, na verdade não tenho muito a reclamar. Algum dinheiro bacana entra num trabalho bacana, realizado com minha mãe, que é bacana. Uma namorada bacana. Um certo número de amigos bacanas. Uma formação resultado de um curso superior bacana. Alguma quantidade de momentos de barulho, silêncio; embriaguês e sobriedade; atividades e ócio; leituras e reflexão. O que, tudo isso, me trás algum aprendizado, o que é bacana. Mas a questão é que me sinto um puto cada vez mais indolente e solitário.

Dialética
(Vinícius de Morais)

É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...

Ps.: A frase-título é quase que uma frase de família. Um vocativo mais ou menos utilizado, sobretudo nos momentos em que nada, ou quase nada, temos a dizer... É um suspiro, pois sim.